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Coitado do pescoço

19 de August de 2013

A correria do cotidiano, as longas jornadas de trabalho, as horas e mais horas em frente ao computador, a maratona dos estudos, aquela noite mal dormida, a preguiça esparramada no sofá. Todo abuso corporal acaba sobrecarregando o coitado do pescoço.

Coitado-do-pescoçoVocê já reparou como a maioria das pessoas se queixa da tensão e das dores acumuladas nessa pequenina parte do corpo? Às vezes, o desconforto é tão grande que vem acompanhado de outras dores, na cabeça e nos ombros ou até mesmo daquela desagradável sensação de formigamento nos braços e um indiscutível mal humor.

Com a nobre função de sustentar a cabeça, a musculatura que compõem o pescoço permanece em constante trabalho e quase sempre, fica contraída. Por isso, quando exageramos nos esforços ou descuidamos da nossa postura, essa área entra em desequilíbrio passando a apresentar as dolorosas consequências.

Apesar de estreito, o pescoço é uma área forte do nosso organismo, mas, não se engane: ele é bem sensível também. Além de ser motivada pelo excesso de movimentos, pelas posturas errôneas ou pela carga de peso inadequado, a dor nessa região também pode significar inflexibilidade de uma personalidade muito resistente, acúmulo de tensão emocional e até um somatório de maus pensamentos. Há um antigo ditado chinês que diz que o negativismo mental pesa. E pesa mesmo! A região do pescoço possui muitos músculos que podem sofrem uma série de contrações de fundo nervoso, por isso o desequilíbrio da mente acaba gerando muitas dores e um endurecimento natural.

A teimosia, o estresse e a ansiedade também afetam o pobre do pescoço. Cabeça dura, pescoço duro! A recusa pessoal de mudar os hábitos demonstra a personalidade inflexível, o que pode dar origem ao famoso torcicolo.

A friagem também é outro inimigo. Por possuir maior mobilidade em relação ao restante da coluna, a região cervical está sempre exposta e sujeita a contraturas musculares em função da friagem. E pouca gente se lembra de cobrir o pescoço quando a temperatura cai em demasia.

O repouso noturno, que deveria ser um descanso físico natural para o pescoço, muitas vezes é outra causa de desconforto. Muitas pessoas reclamam que, já ao acordar, sentem dores fortes nessa área e nem conseguem girar a cabeça. Você já deve ter ouvido ou dito isso, algum dia: – Dormi de mau jeito, devo ter tomado friagem ontem e acordei travado!!

Resposta para isso: esse famoso “efeito robô” surge a partir da dificuldade que alguns de nós temos de relaxar o corpo e a mente. Também é sinal da falta de um alongamento noturno necessário para reequilibrar os músculos e as articulações cervicais, antes de deitar a cabeça no travesseiro.

A postura que mantemos, principalmente na execução do trabalho diário, é outro fator de prejuízo para o bem estar do nosso pescoço. Traumas e acidentes também podem acarretar dores no pescoço, além de hérnia de disco, problemas na coluna vertebral, luxações, infecções e até mesmo tumores. Dores persistentes e continuadas devem ser averiguadas pelos médicos ortopedistas e fisiatras.

Mas, é claro: nosso dever é cuidar melhor do nosso pobre pescoço, lembrando de massagear os pontos doloridos com as mãos e principalmente fazendo alongamentos cervicais ao começar e ao terminar o dia. Olhar para os lados, virando o queixo. Levantar o queixo para cima e para baixo e virar a cabeça para os dois lados do ombro, são três dos principais alongamentos que podem ser feitos com a ajuda das mãos e não leva mais do que 5 minutos.

Sentar com a coluna reta, encostando a base das costas no encosto da cadeira, também deve ser um hábito normal de nosso dia de trabalho, lembrando sempre de levantar de vez em quando para mexer os braços e as pernas.

E finalmente, espante a ansiedade e o estresse de sua vida, procurando atividades físicas e momentos de relaxamento, tais como a meditação ou os hobbies que lhe agradam. Pode ter certeza de que, com esses hábitos, você conseguirá diminuir a contratura do seu pescoço, aumentando, até mesmo, a quantidade de oxigênio que chega até o seu cérebro. Lembre-se sempre: nada, nem ninguém, pode endurecer o seu pescoço. A não ser que você assim o permita.

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